segunda-feira, 29 de outubro de 2012


 
 
 

Cauterização

 
Em primeiro lugar precisamos entender o que significa a palavra  ´´ CAUTERIZAR ``

 

Cauterização é um termo médico usado para descrever o ato de queimar parte do corpo humano para remover ou fechar alguma região. As principais formas de cauterização utilizadas atualmente são o eletrocautério e a cauterização química.

 

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

 

Logo percebemos que no caso do fio de cabelo o objetivo é fechar lacunas no córtex (parte interna do fio) e reconstruir as cutículas (parte externa), porém para que realmente se trate de cauterização também se faz necessário o uso de aquecimento, como a piastra, caso não seja feito com calor, já não deve ser intitulada de cauterização, mas sim reconstrução. 

 

Indicada principalmente para fios danificados por químicas, como tratamento pré e pós química, já que relaxamentos, descolorações e colorações causam danos nos fios, em geral deixam pequenos buracos dentro da haste e a cutícula extremamente  desintegrada, então se faz necessário um intensivo de cauterização ou reconstrução em salão de beleza.

 

Lembre sempre que cauterização não alisa cabelo, sua função é exclusivamente para recuperação e saúde dos fios, tratamentos que realizam redução e efeito liso, possui algum principio ativo químico, CUIDADO!

 

Antes de procurar esse tipo de serviço, procure informações se o profissional é de tal competência, e peça que o cabeleireiro(a) indique uma manutenção adequada para que o tratamento tenha ainda mais eficácia.

 (Erica Ozana)

 

Tratamentos indicados
 Sistema avançado
Cauterização Advance
 

quarta-feira, 14 de março de 2012

Especial AMINOÁCIDOS

Aminoácidos = Cabelos mais fortes


Por que os aminoácidos são importantes nos tratamentos capilares?
Os cabelos tem 65 a 90% de sua composição na forma de proteínas. Estas por sua vez são produzidas por nossas células do couro cabeludo usando como matéria-prima os aminoácidos.

Nem todos os aminoácidos conhecidos estão presentes nos cabelos, porém, para que possamos ter cabelos mais fortes, saudáveis e para colaborar na redução da queda os aminoácidos podem ser fundamentais.

São aminoácidos presentes nos cabelos:

Lisina
Ácido Glutâmico
Metionina

Histidina
Prolina
Isoleucina

Arginina
Glicina
Leucina

Ácido Aspártico
Alanina
Tirosina

Treonina
Cistina
Fenilalanina

Serina
Valina


Deficiências nutricionais, e agressões aos fios (clima, química, secador e chapa, água do mar ou piscina), são os maiores causadores de problemas capilares que evoluem com redução da produção ou da quantidade das proteínas dos cabelos.

Muitos problemas de queda de cabelo se beneficiam com o uso de aminoácidos, desde quedas mais simples, como as causadas por estresse, até quedas de tratamento mais prolongado como as genéticas ou causados por motivos variados.

A reposição de aminoácidos, seja por via oral seja por via tópica (aplicação direta nos fios ou no couro cabeludo), é de grande valia para a recuperação capilar e ajuda a corrigir e melhorar quadros de cabelos fracos, finos, quebradiços ou de couros cabeludos que vem sofrendo com a queda capilar.
Mais do que a simples utilização, a continuidade do uso permite resultados mais consistentes quando os aminoácidos são prescritos. Isto porque, os benefícios que estes trazem aos cabelos poderão ser vistos gradativamente, à medida que os cabelos crescem a partis do couro cabeludo, substituindo os cabelos que previamente estavam finos, fracos quebradiços ou caindo mais do que o normal.

Aminoácidos e suas formas de Apresentação

• Por via Oral
Servem de matéria-prima para a construção de um cabelo mais forte e saudável. Ajuda e reduzir a os danos causados pelas agressões aos fios, diminui a incidência de problemas capilares de origem nutricional e engrossam cabelos que sofrem com o afinamento. Suas melhores indicações são a de reduzir a queda capilar, reforçar o fio de cabelo a partir de sua raiz e impedir danos causados por agressões aos cabelos.

• Por via tópica – Produtos de Aplicação no Couro Cabeludo
Além de colaborarem com a melhora da qualidade da pele do couro cabeludo que se beneficia com aminoácidos de aplicação localizada, os cabelos poderão evoluir com melhora muito parecida com a que observamos com o uso dos aminoácidos por via oral. Suas melhores indicações são a de reduzir a queda capilar, reforçar o fio de cabelo a partir de sua raiz e impedir danos causados por agressões aos cabelos.

• Por via tópica – Produtos de aplicação nos fios de cabelo
Produtos de aplicação nos fios de cabelo que tenham aminoácidos na sua composição são mais eficazes quando não são enxaguados. Estes produtos, quando aplicados nos fios de cabelo conseguem reparar danos da cutícula e do córtex do cabelo pois penetram nos fios e se incorporam à sua estrutura. Suas principais indicações são: cabelos secos e quebradiços, com pontas duplas, que sofreram agressões da química ou de altas temperaturas (chapa e secador), e cabelos de pessoas que freqüentam piscina e praia com freqüência.

Com que freqüência devo usar aminoácidos para tratar problemas capilares?
Os produtos com aminoácidos devem ser usados de acordo com a orientação médica. Os de uso oral poderão ser indicados para serem tomadas 1, 2 ou 3 doses ao dia. Os de aplicação no couro cabeludo ou nos fios devem ser aplicados normalmente 1x ao dia, após lavar os cabelos e não devem ser enxaguados.

Além dos aminoácidos prescritos onde posso encontrar outras fontes de aminoácidos?
Alimentos ricos em proteínas são boas fontes de aminoácidos. Sugerimos sempre para nossos clientes ingiram em quantidades moderadas:

Carnes Magras de Gado Bovino (compatível com um bife médio – 100g)
Peixes (preferencialmente os de água fria – Salmão, bacalhau, sardinha, atum)
Frango (preferencialmente o peito de frango)
Ovos (no máximo 2 por semana)
Leite (pelo menos 1 copo ao dia)
Laticínios (queijo brancos, iogurte, coalhada)
Grãos (feijão, lentilha, ervilha)

terça-feira, 6 de março de 2012

A Química do Cabelo

Mal começa o dia e já tentamos arrumá-los, diante do espelho. Uns o querem mais lisos, outros, mais cacheados. Muitos, ainda, lutam para não perdê-los. O QMCWEB desta semana fala sobre o cabelo, a moldura de nosso rosto. Do que é feito, como interage com os xampus e com os condicionadores, de que maneira ele pode ser moldado, colorido e alisado pela adição de algu
ns compostos químicos.

fio de cabelo visto em um microscópio de varredura eletrônica

O cabelo é consituído, basicamente, de uma proteína: a alfa-queratina. As queratinas (alfa e beta) são, também, consitituintes de outras partes de animais, como unhas, a seda, bicos de aves, chifres, pêlos, cascos, espinhos (do porco-espinho), entre outros.
Em cada fio de cabelo, milhares de cadeias de alfa-queratina estão entrelaçadas em uma forma espiral, sob a forma de placas que se sobrepoem, resultando em um longo e fino "cordão" protéico. Estas proteínas interagem fortemente entre si, por várias maneiras (veremos adiante), resultando na forma característica de cada cabelo: liso, enrolado, ondulado, etc..


testosteronaA raiz de cada fio capilar está contida numa bolsa tubular da epiderme chamada folículo capilar. Estima-se que existam cerca de 5 milhões de folículos capilares no corpo humano. As únicas partes da pele que não têm folículos são as palmas da mão e as solas dos pés. O fulículo recebe irrigação na epiderme e, algumas vezes, pode apresentar disfunções, levando ou ao crescimento excessivo de cabelos (ou pelos) ou à queda de cabelos, um problema enfrentado por boa parte da população. A queda de cabelos é mais frequente nos homens, e estudos indicam que ela está associada à testosterona. Este hormônio é convertido, por uma enzima encontrada nos folículos, em dihidrotestosterona (DHT), que é capaz de se ligar a receptores nos folículos. Segundo Dr. Richard S. Strick, um dermatologista na University of California em Los Angeles, "this binding can trigger a change in the genetic activity of the cells, which initiates the gradual process of hair loss".

números
>um adulto tem cerca de 150 mil fios de cabelos na cabeça;
> O número total, incluindo todos os pêlos, chega a mais de 1 milhão;
>o cabelo cresce cerca de 2cm por mês;
> apenas 3 meses após a fecundação, os primeiros fios de cabelo já nascem no feto;
A cor do cabelo vem de pigmentos, como a melanina, que são agregados ao cabelo a partir do folículo capilar, o aparelho que é responsável pela produção do mesmo. Em geral, a cor do cabelo está relacionada à cor da pele: pessoas com pele escura tendem a ter cabelos escuros, e vice-versa. Isto porque a pigmentação do cabelo depende da quantidade de melanócitos presentes.

estrutura secundária da proteína GUma proteína é uma sequência de amino-ácidos, um polipeptídeo. A queratina é formada por cerca de 15 amino-ácidos diferentes, que se repetem e interagem entre si. Na conformação alfa, cada cadeia polipeptídica enrola-se sobre si mesma, no formato de uma hélice (como uma escada de caracol). Na conformação beta, as cadeias ficam semi-estiradas, dispostas paralelamente. A figura ao lado ilustra a proteína G, que apresenta as duas conformações: alfa, em lilás, e beta, em amarelo. As ligações intramoleculares entre os aminoácidos da mesma cadeia é que sustentam a configuração da cadeia. Entre os tipos de interação, destacam-se as pontes de hidrogênio e as pontes cistínicas, que são as pontes formadas entre os grupos -SH do amino-ácido cistina, presente na queratina.


Como se faz o cabelo "Permanente" ?

cisteinaUm dos amino-ácidos presentes na queratina é a cisteína, responsável pelas ligações cisteínicas. A cisteína, RSH, pode interagir com outra cisteína da mesma cadeia polipetídica, e formar uma ligação convalente, RSSR. Estas ligações são responsáveis pelas "ondas" que aparecem em nossos cabelos. A possibilidade da interconversão entre as formas oxidadas (RSSR) e reduzidas (RSH) da cisteína é que permite ao cabelereiro "moldar" o seu cabelo, ou seja, alisar um cabelo crespo, ou fazer "cachos" e "ondas" em um cabelo liso. ácido tioglicólicoA primeira etapa consiste na redução de todos os grupos RSSR. Isto se faz, geralmente, com a aplicação do ácido tioglicólico (também conhecido como ácido 2-mercaptoacético) em uma solução de amônia (pH 9). Esta solução reduz os grupos RSSR para RSH. thioglycolic acid (also known as 2-mercaptoacetic acid) in an ammonia solution (about pH 9) reduces RSSR to RSH (os cabelereiros chamam esta solução de "relaxante").
A segunda etapa consite em imprimir no cabelo a forma desejada: lisa ou ondulada. Após se lavar toda a solução de ácido tioglicólico e se enrolar ou esticar o cabelo, o cabelereiro, então, oxida os grupos RSH para RSSR, com a aplicação de um agente oxidante, tal como o peróxido de hidrogênio (H2O2, água oxigenada) ou borato de sódio (NaBrO3) (os cabelereiros se referem a esta solução como "neutralizante"). O novo padrão imposto, então, dura até o crescimento do cabelo, quando será uma nova visita ao salão.

Como o cabelo pode ser colorido?
Existem, basicamente, 2 métodos: o primeiro consiste na incorporação de pigmentos na formação do fio de cabelo. Este processo é lento e, em geral, é feito com pigmentos naturais, tais como o encontrado na henna ou na camomila. Devido ao uso constante, em xampus e/ou condicionadores, estes pigmentos começam a fazer parte dos novos fios de cabelos formados.
O segundo método é a pintura imediata do cabelo, com a destruição dos pigmentos (descoloração) já existentes nos fios, e a incorporação de novos pigmentos. O processo de descoloração é ainda feito, na maioria das vezes, com peróxidos ou amônia, embora ambos os produtos sejam tóxicos. Um dos pigmentos mais utilizados, na coloração, é o acetato de chumbo, embora também seja tóxico.
IndolAs indústrias investem muito em pesquisa nesta área. Recentemente, a americana L'Oréal chegou a uma solução original para o tratamento de cabelos grisalhos: desenvolveu um produto a base de dihidróxido-5-6-indol, um precursor natural da melanina, o principal pigmento do cabelo. A figura ao lado ilustra o indol, o reagente de partida para a síntese do produto da LÓréal.

Como agem os xampus e condicionadores?
Ambos possuem, em sua formulação, moléculas de surfactantes. O QMCWEB já fez uma aula virtual sobre surfactantes. Os xampus e condicionadores diferem, basicamente, na carga do surfactante: os xampus contém surfactantes aniônicos, enquanto que os condicionadores têm surfactantes catiônicos. Quando o cabelo está sujo, ele contém óleo em excesso e uma série de partículas de poeira e outras sujeiras que aderem à superfície do cabelo. Esta mistura é, geralmente, insolúvel em água - daí a necessidade de um xampu para o banho. O surfactante ajuda a solubilizar as sujeiras, e lava o cabelo.
Um problema surge do fato de que surfactantes aniônicos formam complexos estáveis com polímeros neutros ou proteínas, como é o caso da queratina. O cabelo, após o uso do xampu, fica carregado eletrostaticamente, devido a repulsão entre as moléculas de surfactantes (negativas) "ligadas" à queratina. É aí que entra o condicionador: os surfactantes catiônicos interagem fracamente com polímeros e proteínas neutras, e são capazes de se agregar e arrastar as Tudo Mentira!!!moléculas de xampu que ainda estão no cabelo. Nos frascos de condicionadores existem, ainda, alguns produtos oleosos, para repor a oleosidade ao cabelo, que foi extraída com o xampu.
O cabelo, após o condicionador, fica menos carregado e, ainda, com mais oleosidade.

Segundo este critério, não existe xampu "2 em 1", ou seja, uma formulação capaz de conter tanto um surfactante aniônico como um catiônico. Os produtos encontrados no mercado que se dizem ser "xampu 2 em 1" são, na verdade, xampus com surfactantes neutros ou, ainda, surfactantes aniônicos com compostos oleosos, que minimizam o efeito eletrostático criado pelo xampu normal.

E essa tal de Turmalina?

Entenda o que é e como vem sendo utilizada a turmalina

Turmalina é um conjunto de minerais de silicato de boro e alumínio, sua composição é bastante variável devido às substituições *isomórficas (em solução sólida) que podem ocorrer na sua estrutura.
Muitos pesquisadores estudam e tentam desvendar os segredos desse mineral e a energia emitida pelos cristais Turmalina.
Quando aquecemos a turmalina ela emite íons negativos que neutralizam os positivos, e quando reduzidas a micro partículas não perdem sua característica elétrica, e utilizando-se destas propriedades que os cosméticos de diversas linhas capilares conseguiram deixar os cabelos mais brilhantes, tratados e com menos frizz.
Além dos cosméticos esta tecnologia pode ser encontrada em chapinhas, secadores, e modeladores.
Nas chapinhas e modeladores revestidos de turmalina os fios de cabelo não ficam expostos diretamente ao alumínio, esses aparelhos também emitem íons negativos enquanto são utilizados, responsáveis por realizarem o fechamento das cutículas dos fios e diminuírem a eletricidade estática dos cabelos. Uma boa escolha é optar por equipamentos que contenham a turmalina principalmente para quem possui cabelos ressecados ou com alguma química e não pode abrir mão destes cuidados.
Nos secadores de cabelo você também pode encontrar a tecnologia dos cristais, esses secadores possuem gerador de íons negativos e partículas de Turmalina.

Como a turmalina age nos cabelos

A turmalina age da seguinte forma nos cabelos:
Os micro cristais da turmalina atuam como agentes bio-energizantes e catalizadores, que restauram a vida e o brilho dos cabelos. Os micro cristais emitem íons negativos que eliminam a eletricidade estática e fecham as escamas dos cabelos. Com as cutículas fechadas o fio reflete melhor a luz, resultando em mais brilho para os cabelos, como também os protege bem mais das agressões diárias, como altas temperaturas, sol, cloro, etc.
Com todas essas propriedades, pesquisadores tiveram a excelente ideia de unir a esses cristais de turmalina outros ingredientes para potencializar o resultado final que diversos produtos cosméticos ofereciam, agregaram à turmalina agentes redutores, proteínas, aminoácidos, seladores, enfim o que já era bom ficou melhor ainda.
A vantagem da turmalina é fazer com que o produto penetre rapidamente nos fios e aja diretamente na emissão de energia ao sistema capilar, muitas vezes esgotado, para repor os nutrientes.
Os tratamentos, portanto, auxiliados pela turmalina selam com mais eficiência as escamas dos fios, e potencializam os resultados de brushing e chapas, proporcionando melhores resultados e finalizações que duram por mais tempo.
O ótimo benefício da turmalina para o ramo capilar é a rapidez com que faz os produtos agirem e a durabilidade dos resultados.
*Isomórfico- Similaridade na forma e na aparência entre indivíduos de diferentes espécies ou raças.

Sem artigos relacionados.

DICA IMPORTANTE!

O sucesso de um cabeleireiro está no quanto ele é conhecido e respeitado, assim é muito importante aprender e se manter atualizado, seja através de cursos presenciais ou cursos como os oferecidos pelo Centro de Beleza L´IMAGE.

 

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Colorimetria


           O profissional cabeleireiro que almeja o sucesso e não sabe, ou não gosta, de colorir cabelos deveria repensar esse conceito, pois a arte de colorir cabelos vem ganhando cada vez mais adeptos. Basta observar as pessoas na rua para comprovar a evolução desse trabalho. Nas grandes capitais do país são poucas as mulheres que não têm os cabelos coloridos.

            Por tudo isso, hoje, um cabeleireiro exemplar é aquele que está sempre se aperfeiçoando, destinando parte de seu tempo a cursos e literatura referentes ao seu trabalho e, principalmente, a treinamentos específicos, dentre eles a colorimetria, que muitos dizem ser fácil, mas que tem poucos especialistas no assunto, em relação à quantidade de profissional existente.

            Colorir o cabelo parece simples, mas essa arte exige muito mais do que misturar tinturas e aplicar nos cabelos. A colorimetria rege as regras da boa coloração: é uma ciência que vai fundo no estudo das cores, analisa sua composição e suas combinações, levando em conta a forma como são vistas. Um bom colorista sabe identificar a cor que está nos fios, o que precisa ser melhorado para que ela ganhe brilho e luz ou quais os recursos necessários, como a decapagem, por exemplo, para se conseguir uma nova tonalidade.
             É certo que muitas mulheres ainda colorem os cabelos em casa, apesar da maioria, por não conseguir o efeito desejado, acabar acertando a cor no salão. É que, com a auto-aplicação fica difícil conseguir acompanhar a tendência atual que é a de cabelos coloridos, com cores variadas, onde vai prevalecer o bom senso e o bom gosto em variar as mesclas de cores, mechas, transparências e técnicas similares, que valorizam o movimento do cabelo. Particularmente, prefiro um cabelo com mais de uma cor, pois esta opção valoriza os trabalhos de corte, escova e penteado, destacando os detalhes e o movimento dos fios.
              A criatividade está em alta, só que hoje ela é redirecionada; nos anos 80, ser colorista criativo era saber misturar as cores na preparação para obter um resultado diferenciado. Hoje, é aplicar na mesma cabeça duas, três ou mais cores, sem deixar a cliente fantasiada, utilizando bom gosto e técnicas variadas (transparência, mechas, balayagens entre outros).
              O efeito da coloração depende, intimamente, do tom em que o cabelo está. É como uma parede que será pintada. Se for branca, o resultado da cor que virá em cima é um. Se for azul, o efeito muda. A operação de identificar a cor que se apresenta é mais difícil do que parece, pois varia conforme a luz ambiente. Também porque, em geral, os fios não se encontram com uma cor uniforme uns em relação aos outros ou a raiz em relação às pontas. Os cabelos naturais normalmente são compostos por uma cor dominante e outras excessivas, que formam reflexos imperceptíveis sob qualquer luz. Um olhar atento é o diferencial na hora de mudar a cor do cabelo. É essa cor que já existe no fio que serve como base para a coloração. Define os tons e matizes que darão um resultado harmonioso, sem a presença de nuances alaranjadas, esverdeadas ou azuladas. 

            Seis tipos de cores determinam o círculo cromático e viabilizam as alterações nas fibras capilares de forma harmônica. Funciona como um gráfico ou uma tabela. Nele, elas estão dispostas de forma que uma determinada nuance tem a sua oposta. Logo: o vermelho é contrário ao verde, enquanto o laranja contrapõe-se ao azul e o amarelo, ao violeta. Vale lembrar que essas posições são estratégicas. Foram reunidas dessa forma porque um tom ameniza ou potencializa o efeito do outro. O círculo cromático também define as nuances e os matizes das colorações. A partir do que já existe no cabelo, escolhe-se o novo tom. A classificação das cores é o que determina sua aplicação.
            O bom colorista é aquele que realmente sabe analisar um cabelo “antes” de iniciar o processo, pois o bom resultado depende do bom estado do fio; lê a bula do produto e prepara a coloração como manda o figurino, sem querer inventar moda de diluir o produto de forma não estabelecida pelo fabricante. Ele também só utiliza produtos profissionais, e demonstra segurança em preparar o produto na frente da cliente, sabendo que ela não encontrará o produto no mercado, farmácia ou na perfumaria e, acima de tudo, não sente vergonha em ligar para um centro técnico e tirar suas dúvidas referente ao trabalho a ser feito ou produto a ser utilizado.
             Além do que já foi citado, ele sabe que no processo de coloração o oxidante é responsável pela liberação de oxigênio e é o motor principal para que tudo funcione perfeitamente, não podendo utilizar os de baixa qualidade e os que não são estabilizados. Preocupa-se com a cor, mas também com o estado de saúde do fio, e por isso só usa colorantes, oxidantes e descolorantes profissionais e que contenham proteínas.
             Ele se especializa em descoloração, pois o profissional que não domina esta técnica não conseguirá clarear os cabelos coloridos a não ser através de mechas. Sabe ser enfático ao indicar uma perfeita linha profissional de manutenção capilar (shampoo, condicionador e leave-in) e hidratações periódicas no salão para manter o resultado do trabalho. É organizado e disciplinado a ponto de ter uma ficha-cadastro de cada cliente, com os diagnósticos, aplicações e produtos utilizados na mesma.

            Estas são algumas das regras dentre muitas. Não é tão complicado como se imagina, mas exige disciplina. Uma dica especial para os amigos profissionais: nunca foi tão bom como agora ser cabeleireiro e, principalmente, especialista em colorimetria capilar. É só ser atualizado, inclusive no que se refere ao comportamento.